terça-feira, julho 19, 2011

O Colectivo

O Colectivo foi um blogue que eu iniciei há 6 anos atrás, sempre se manteve com uma abertura limitada às actividades da Casa do Povo e suas atletas. O projecto continuará agora a acompanhar-me e a seguir o projecto ao qual eu me venha a ligar, mantendo-se como um espaço que pode ser utilizado por colaboradores de outros clubes para promoverem as suas actividades.
Não sei bem o que se segue, mas a paixão pelo andebol, pelo jogo, está viva e espero continuar a ter a oportunidade de fazer algo pela modalidade de que me apaixonei há 24 anos.

Reflexão época 2010/2011

Mais um ano, mais uma época, no meu caso a oitava e última que faço ao serviço desta grande instituição que é a Casa do Povo de Valongo do Vouga e, sobretudo, mais uma época recheada de grandes e emocionantes momentos. Uma época de sentimentos ambíguos, de um lado a alegria dos títulos conquistados e da oportunidade de continuar a ver atletas a crescerem e tornarem-se excelentes seres humanos, com alguns defeitos, mas sobretudo com muitas virtudes e, do outro lado, a tristeza por ter de abandonar uma casa que fez parte da minha vida, e por ver atletas que cresceram no clube terem de sair para outros clubes para terem a oportunidade de continuarem a jogar, ou mesmo a terem de deixar de jogar nalguns casos.

Desportivamente foi uma época de grandes sucessos, onde se destacam o título nacional obtido pelas iniciadas e as constantes chamadas às diferentes selecções nacionais de atletas de todos os escalões femininos e masculinos. Para além disto é de salientar que todos os grupos obtiveram excelentes prestações, para além das iniciadas, foram excelentes os resultados obtidos pelas infantis (todas de 1º ano) com um magnífico 3º lugar no Nacional, as juvenis com um 4º lugar no Nacional e as juniores com um 5º lugar, ou seja, todas as equipas femininas do clube se classificaram dentro dos 5 primeiros lugares a nível Nacional. Nos masculinos continua o crescimento dos grupos de trabalho e o aumentar do reconhecimento do trabalho que está a ser feito pelo professor Miguel Ribeiro, neste momento, já são constantes as chamadas à selecção de alguns jogadores e estamos certos de que no futuro outros irão ter essa oportunidade. Colectivamente os iniciados asseguraram a subida à 1ª divisão Nacional e estiveram muito perto de terem a oportunidade de discutir o título nacional da 2ª divisão, os infantis ficaram a um passo de irem à fase final do Nacional, tendo apenas sido ultrapassados pelo Belenenses e pela Bartolomeu Perestrelo ( Madeira) na 3ª fase. De realçar também o comportamento dos nossos atletas no Torneio Internacional de Mijas (Espanha), realizado numa das fortes zonas do andebol espanhol, em que as nossas equipas mais uma vez foram brilhantes no comportamento que tiveram, tendo inclusivamente obtido o 1º lugar com a equipa de iniciadas, reforçada com algumas infantis.

Perante estes resultados colectivos e perante o alicerçar do desenvolvimento individual dos nossos atletas, tenho que classificar esta época como excelente a nível desportivo.

A nível individual quero aproveitar esta oportunidade para agradecer a todas as atletas que directa, ou indirectamente, trabalharam comigo, desde as juvenis (Catarina Tendeiro, Mónica Soares, Vanessa Duarte, Emanuela Morais, Maria Coelho, Ana Marques, Joana Santos, Catarina Martins, Gabriela Marques) às juniores (Ana Vidal, Ana Coutinho, Daniela Pinheiro, Joana Santiago, Lisa Antunes, Sara Palombino e Ana Arede), passando pelas iniciadas que foram sendo chamadas a dar o seu contributo ao grupo de trabalho das mais velhas (Ana Teixeira, Sandra Santiago, Inês Veiga, Rita Ferreira, Ana Cardoso). A todas elas um MUITO OBRIGADA pelo empenho, dedicação, esforço, sacrifício, ambição, companheirismo e amizade que sempre demonstraram e que são, no final de tudo, o que verdadeiramente interessa e nos faz andar apesar de todas as dificuldades que vamos encontrando no caminho.

Ao João Pinheiro e ao Fábio Silva quero dar os parabéns pelo empenho que demonstraram em ajudar a que toda a logística funcionasse, sem eles nada teria sido possível. Foram cometidos erros, mas esses são momentos importantes na aprendizagem de qualquer função e estou certo de que, no futuro, também eles irão continuar a ser peças decisivas em toda a estrutura.

Não gostaria de acabar sem antes fazer uma reflexão sobre o que nos impede de ser ainda melhores, mais eficientes em todo o processo e eficazes em relação aos objectivos a que nos propomos. No meu entender tudo se resume a um aspecto, a MENTALIDADE com que se encara todo o fenómeno desportivo. Senão vejamos o caso concreto da Casa do Povo, a geração actual de atletas nascidas em 1993 é a 4ª geração de atletas que na instituição atingem a idade de seniores, já nas gerações anteriores tinham sido atingidos resultados relevantes e formadas atletas internacionais, que hoje em dia jogam noutros clubes do Nacional da 1ª divisão, mas nesta geração temos um conjunto de atletas com um percurso fantástico (campeãs nacionais por clubes e pela selecção regional, vice campeãs nacionais em todos os escalões), do melhor que há a nível nacional. E o que vamos fazer mais uma vez? Deixá-las ir para outros lados ou obrigá-las a interromper precocemente a sua formação desportiva, sim, porque estamos a falar de raparigas de 18 anos que apesar de terem atingido a idade de seniores, ainda estão em formação. Será este o caminho que desejamos? Técnicos, atletas, encarregados de educação, direcção e autarquia, que afinal de contas, pouco ou muito, vai dando o seu contributo ao abrigo de contratos-programa, estão de acordo com este caminho?

No caso da Casa do Povo não posso aceitar mais que esse seja o caminho a seguir, existe qualidade nas atletas, técnicos com vontade de trabalhar e de darem o seu melhor, instalações próprias e, até, alguns apoios possíveis de serem reunidos juntos dos empresários locais. Estamos a falar de verbas relativamente baixas, a inscrição da equipa sénior no Campeonato custa 3 750,00 euros, estando incluídas nesse valor as arbitragens e o seguro das atletas. Ficam a faltar algumas situações logísticas que também não iriam encarecer grandemente a época, uma vez que o escalão de juniores foi extinguido por opção da Federação e, consequentemente, haverá menos uma equipa na Casa do Povo. Assim sendo o que nos impede de avançar? O que nos impede de rentabilizar milhares de euros gastos ao longo destes anos? Que modelos vamos transmitir às nossas atletas? Que ambições? Que palavras vamos ter para dar aos grupos de trabalho em que não existem só grandes jogadoras, mas também outras que não estando tecnicamente a um nível tão elevado, ficam sem a oportunidade de continuar a jogar e a fazer o que as motivou desde tenra idade? As que tem oportunidades vão ter sempre quem venha atrás delas e as cative para as suas equipas, como é o caso das nossas juniores actuais, em que clubes como o Madeira SAD, Sports Madeira, Gil Eanes (actual campeão nacional), Juve Lis, Colégio de Gaia, Maiastars e Alavarium, entre outros, já demonstraram interesse em recebê-las, mas as nossas paixões não são só essas, são também as outras, a quem devemos muito e que sempre foram exemplos de persistência e coragem e que têm tudo o que um treinador de qualidade ambiciona nas suas atletas.

Em Valongo existe um alheamento em relação ao que foi feito ao longo dos anos, a maior parte dos residentes da freguesia não faz a mínima ideia do que lá é feito, do esforço e sacrifícios que muitas pessoas têm de fazer para se alcançar estes resultados. A título de exemplo, a vitória alcançada pelas iniciadas no Campeonato Nacional da 1ª divisão, presumo que seja habitual a obtenção de títulos nacionais em várias modalidades e em vários escalões, por parte dos clubes de Águeda, uma vez que toda a população em geral e autoridades com responsabilidade no desporto e educação concelhias ficaram indiferentes. É este um projecto da freguesia? Do concelho? Dos atletas e seus encarregados de educação? Ou de apenas um conjunto de treinadores e dois ou três dirigentes que tudo vão fazendo para que as coisas continuem a funcionar? Acredito que enquanto não ficarem definidos, claramente, os objectivos a alcançar e que enquanto, este projecto, não tiver a participação activa de todos os responsáveis da instituição o andebol da Casa do Povo não poderá continuar a evoluir e responder aos anseios dos seus atletas.

Espero que não vejam esta minha reflexão como um apontar de críticas, mas sim como uma chamada de atenção. Valongo do Vouga não é a minha terra, mas foi a terra a quem eu dediquei os últimos oito anos da minha vida, com muita dedicação e sacrifício pessoal, Tentei sempre ter uma atitude profissional, procurando envolver e mobilizando todos os que me envolviam, fazendo acreditar que é possível alcançar resultados se tivermos uma atitude positiva e que nada nos impede de querer e lutar pelas coisas. Sempre acreditei que estes valores são importantes lições de vida e o melhor prémio é saber que grande parte das nossas atletas acreditam neles.

Não escondo que sempre sonhei que a minha saída da Casa do Povo fosse feita de outra maneira, mas infelizmente as coisas precipitaram-se e esta foi a única saída possível. A todos aqueles com quem tive a oportunidade de trabalhar em conjunto tenho que agradecer os ensinamentos e a paciência que tiveram para comigo, Rui Silva, Rui Calhau, Simão, Paulo Costa, Miguel Ribeiro e Paulo Veiga foram colegas de luta, não posso, no entanto, deixar de dar uma palavra especial ao Diogo Santos, porque acredito que é ele, verdadeiramente, o elo que mantém vivo o andebol nesta instituição. Foi a pessoa que cresceu com o clube e que, nunca falhou quando outros não podiam, foi sempre o primeiro a estar disponível para toda e qualquer actividade viabilizando, muitas vezes, a sua realização. A ele todas as atletas, treinadores e directores devem muito do que é a Casa do Povo enquanto instituição com relevo no andebol nacional. Ao presidente Carlos Arede quero agradecer a oportunidade que me deu de poder fazer parte deste projecto, que atingiu a sua maioridade e que neste momento pede respostas aos seus progenitores.

Um último agradecimento aos órgãos de comunicação social locais, pela disponibilidade que sempre demonstraram na divulgação e promoção das nossas actividades.

quinta-feira, julho 14, 2011

Final do Mijas Cup (2ª parte)

BM MIJAS - VALONGO VOUGA (PARTE II) from 3.40 Deportes on Vimeo.

Jogo transmitido por uma cadeia de televisão espanhola.

Final do Mijas Cup (1ª parte)

segunda-feira, julho 04, 2011

Filme da Participação da CPVV no Mijas Handball Cup 2011

Participação de 3 equipas da CPVV no Mijas Handball Cup2011


Mais uma participação da Casa do Povo de Valongo do Vouga num Torneio Internacional. Excelentes momentos vividos pelos nossos jovens, em competição, com divertimento, com exemplar comportamento cívico e desportivo. Iniciados femininos e masculinos e juvenis femininos as 3 equipas que tiveram o privilégio de participar emtre 27 de Junho e 3 de Julho num fantástico torneio repleto de momentos inesqueciveis.
No escalão de Iniciados femininos fomos os VENCEDORES, vencemos a final por 20-18 ao Campeão de Espanha Club Balonmano Mijas, podemos dizer Campeões Ibéricos de 2011!