Este foi um período de grande actividade por parte das selecções de todos nós. As juniores C na Taça Latina, as juniores A no apuramento para o Mundial sub 20 e as "mais velhas" no Torneio Internacional de Lagoa.
Destaque para o não apuramento das juniores A, de facto esta é uma geração com atletas de grande potencial, na qual estão inseridas algumas atletas da geração seguinte, mas que está a necessitar urgentemente de encontrar um espaço competitivo onde possam evoluir de forma competitiva e com qualidade. Muitas destas encontram-se a competir na 2ª divisão, não encontrando aí o local ideal para a sua evolução. É urgente para o futuro do andebol feminino português o aparecimento de 3 ou 4 projectos com qualidade e ambição que mexam com o marasmo actual. Uma palavra para o prof. Paulo Veiga, treinador de méritos reconhecidos, com trabalho ao nível da formação, mas que só agora se começa a aperceber da realidade do andebol feminino, acredito que será capaz de agarrar este projecto e levá-lo a bom porto.
As juniores C alcançaram resultados na Taça Latina que devem ser considerados como interessantes, os resultados equilibrados com França e Espanha e a superioridade evidenciada perante a Itália são demonstrativas que existe qualidade neste grupo de trabalho. Nele podemos encontrar verdadeiros talentos, tais como Maria João, Rita Alves, Gisele Carvalho, entre outras que garantem um lote importante que deve ser submetido a um crescimento cuidado por parte dos dirigentes federativos. O enquadramento técnico, professora Sandra Fernandes, é de qualidade, em todas as vertentes, sendo apenas necessário garantir um plano de trabalho que permita a formação e crescimento de uma equipa.
As seniores encontram-se neste momento a disputar o Torneio de Lagoa, momento único para observar de perto algumas das melhores executantes internacionais que se encontram inseridas em equipas como o Brasil e a Noruega, tendo hoje averbado uma derrota perante a China. Com algumas atletas de elite mundial, Alexandrina Barbosa, Ana Seabra, Ana Miriam Sousa e Juliana Sousa é fundamental conseguir trazer de volta à selecção atletas como Virgina Ganau e Marta Loureiro, dando solução aos seus problemas laborais, de modo a que a representação nacional não prejudique a sua vida. Estou certo que a Federação deveria ter o poder de enquadrar esta atletas, atribuindo-lhes ou proporcionando-lhes funções condizentes com a sua formação académica. Se este problema não for resolvido dificilmente iremos ser capazes de ultrapassar os obstáculos que nos irão aparecer, nomeadamente o play-off que se avizinha.
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